tudo e depois nada.
nada quando pensava tudo.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
sábado, 25 de agosto de 2012
saber que tudo passa é fácil,
é óbvio, enfim.
Sentir-se passando e indo
e deixando
e sendo deixada,
é outra coisa.
é ver a impermanência
materializada.
é óbvio, enfim.
Sentir-se passando e indo
e deixando
e sendo deixada,
é outra coisa.
é ver a impermanência
materializada.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
uma flor que por desencanto
ficou sem perfume
e sem valor.
uma dor que chegou
chegou
e chegando
resignou.
ficou sem perfume
e sem valor.
uma dor que chegou
chegou
e chegando
resignou.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
não sei.
não sei o que pensar
ou porque pensar.
é um oco.
no peito, no leito
na alma.
é um oco no mundo.
no meu.
não sei o que pensar
ou porque pensar.
é um oco.
no peito, no leito
na alma.
é um oco no mundo.
no meu.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
refaço um pensamento.
ultrapasso meus sonhos
e sentimentos.
continuo a viver.
vivo.
E se não tivesse o amor?
não teriam buracos no peito?
não soariam alarmes em toda extensão de minha alma?
se o amor faltasse,
eu faltaria.
ultrapasso meus sonhos
e sentimentos.
continuo a viver.
vivo.
E se não tivesse o amor?
não teriam buracos no peito?
não soariam alarmes em toda extensão de minha alma?
se o amor faltasse,
eu faltaria.
há algo aqui dentro que me empurra à poesia,
à beleza dos nadas.
que sempre me dá alegria ao sentir aquela rajada de vento
nos cabelos,
quando indo ao trabalho,
faço aquela curva...
à beleza dos nadas.
que sempre me dá alegria ao sentir aquela rajada de vento
nos cabelos,
quando indo ao trabalho,
faço aquela curva...
domingo, 5 de agosto de 2012
E fica um espaço
no meu dia
quando você não vem.
(Mas há tanta continuidade nesse
não vir
que breve será ele
parte do meu dia.
E o dia com ele estará completo)
no meu dia
quando você não vem.
(Mas há tanta continuidade nesse
não vir
que breve será ele
parte do meu dia.
E o dia com ele estará completo)
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
um aperto
que sem hora chega
e me deixa assim
sem ar.
que sem hora chega
e me deixa assim
sem ar.
Noturno
Amor! Anda o luar todo bondade,
Beijando a terra, a desfazer-se em luz...
Amor! São os pés brancos de Jesus
Que andam pisando as ruas da cidade!
E eu ponho-me a pensar... Quanta saudade
Das ilusões e risos que em ti pus!
Traçaste em mim os braços duma cruz,
Neles pregaste a minha mocidade!
Minh'alma, que eu te dei, cheia de mágoas,
E nesta noite o nenúfar dum lago
'Stendendo as asas brancas sobre as águas!
Poisa as mãos nos meus olhos com carinho,
Fecha-os num beijo dolorido e vago...
E deixa-me chorar devagarinho...
- Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade
Amor! Anda o luar todo bondade,
Beijando a terra, a desfazer-se em luz...
Amor! São os pés brancos de Jesus
Que andam pisando as ruas da cidade!
E eu ponho-me a pensar... Quanta saudade
Das ilusões e risos que em ti pus!
Traçaste em mim os braços duma cruz,
Neles pregaste a minha mocidade!
Minh'alma, que eu te dei, cheia de mágoas,
E nesta noite o nenúfar dum lago
'Stendendo as asas brancas sobre as águas!
Poisa as mãos nos meus olhos com carinho,
Fecha-os num beijo dolorido e vago...
E deixa-me chorar devagarinho...
- Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade
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