Vejo a escuridão em mim
e me assusto.
Me preparo para clarear -
é a única alternativa que tenho.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
“Seja paciente com as coisas não-resolvidas em seu coração… Tente amar as próprias perguntas… Não procure agora as respostas que não podem ser dadas pois você não seria capaz de vivê-las. E o mais importante é viver tudo. Viva as perguntas agora. Talvez você possa, então, pouco a pouco, sem mesmo perceber, conviver, em algum dia distante, com as respostas.”
(Rilke)
(Rilke)
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Quem quer sair de uma história, cala-se e vai embora.
Porque as grandes dores são mudas.
E decisões definitivas não se demoram em explicações."
Marla de Queiroz
Porque as grandes dores são mudas.
E decisões definitivas não se demoram em explicações."
Marla de Queiroz
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Uma melodia que chega ao
meu coração
e me toca
e me chama.
Um silêncio que se instala em mim
que me tem
que me toma.
Sua presença e
ausência em mim.
Sua música silenciosa
de existir longe
por querer
e por ser.
Por escolher
querer e ser.
Não há espera
dentro dessa ruidosa
vontade de estar contigo.
Não há partida
fora dessa certeza
impossível
de que se ama.
Nada mais
além que a
incontestável
realidade que
se desenrola.
além que a
incontestável
realidade que
se desenrola.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Cada vez que abro a boca
tenho a certeza que sou bem melhor
quando a tenho fechada.
tenho a certeza que sou bem melhor
quando a tenho fechada.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Sou a mesma que me olho
quando me vejo no espelho?
.
Claro!
.
.
Trago os mesmos traços de mim.
.
Claro!
.
.
Trago os mesmos traços de mim.
Mesmos olhos claros que encaram o mundo,
boca e dentes costumeiros estão ali,
mesmos cabelos em desalinho...
Sou eu. Digo.
Sou eu que estou aqui!
.
.
.
.
Sou eu. Digo.
Sou eu que estou aqui!
.
.
.
.
Sou eu?
sou?
Estou?
( pensa a imagem mutagênica tentando sorrir)
( pensa a imagem mutagênica tentando sorrir)
Hoje acordei toda saudade...
(Saudade de ter mãe,
de ter um amor,
de ser amada)
(Saudade de ter mãe,
de ter um amor,
de ser amada)
domingo, 9 de fevereiro de 2014
Tenho uma maneira muito estranha
de ser amiga.
Sou distante. Sumo na maioria do tempo.
Me comunico bem pouco.
Sou péssima pra consolar. Péssima pra sair à noite.
Programas diurnos, intensos
e não repetitivos é o que gosto de fazer.
Me canso facilmente das coisas.
Sou bem escorregadia.
Me canso facilmente das coisas.
Sou bem escorregadia.
Sou reservada, mas às vezes
pareço que perdi completamente
o freio. Então falar, sofrer, rir, ultrapassar
as marcas, ser pouco apropriada,
sou eu.
sou eu.
Mas estou aprendendo a ouvir...
(com uma amiga querida)
Sou a melhor das péssimas amigas.
Entendo porque tenho poucos.
(com uma amiga querida)
Sou a melhor das péssimas amigas.
Entendo porque tenho poucos.
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Mas se eu tiver que ser sozinha, serei inteira
serei plácida, como o lago que espera a chuva
como a chuva que busca a manhã.
E se eu tiver que ser escura, serei grandiloquente
se tácita, valente
se árida, compreensiva, ao menos
se ainda assim severa... então liberta.
E se me perder de tudo, e até do fim...
possivelmente eu serei nova
como o verão, no céu de janeiro
como janeiro, no céu de Paris!
Seja lá onde for Paris...
Hoje, em qualquer lugar, longe daqui. Longe, longe...
Leila Krüger - poeta gaúcha.
serei plácida, como o lago que espera a chuva
como a chuva que busca a manhã.
E se eu tiver que ser escura, serei grandiloquente
se tácita, valente
se árida, compreensiva, ao menos
se ainda assim severa... então liberta.
E se me perder de tudo, e até do fim...
possivelmente eu serei nova
como o verão, no céu de janeiro
como janeiro, no céu de Paris!
Seja lá onde for Paris...
Hoje, em qualquer lugar, longe daqui. Longe, longe...
Leila Krüger - poeta gaúcha.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Sou desconfortável no mundo.
Pareço deitada num formigueiro
ou calçada num sapato
de número menor.
Não sei muito o que desejo
e nem desejo muito. Quero
apenas ser em plenitude e
suspirar por estar vivendo.
Amar ainda é o que me ascende
e é um encosto bom pra
minha cabeça. Quando ouço
ou farejo o que me toca e amo,
me sinto em casa e
me aconchego.
Pareço deitada num formigueiro
ou calçada num sapato
de número menor.
Não sei muito o que desejo
e nem desejo muito. Quero
apenas ser em plenitude e
suspirar por estar vivendo.
Amar ainda é o que me ascende
e é um encosto bom pra
minha cabeça. Quando ouço
ou farejo o que me toca e amo,
me sinto em casa e
me aconchego.
Saudade é cavalo selvagem.
É difícil de domar.
Desaprende rápido os comandos
do comportar-se
e como um raio
sai galopando louco pelo
ser da gente.
É difícil de domar.
Desaprende rápido os comandos
do comportar-se
e como um raio
sai galopando louco pelo
ser da gente.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Vai ficando tudo flor
quando penso
em ser feliz.
E agora há um jardim
no pensamento.
Voei
como uma folha
carregada sem destino.
Cai.
E agora há um campo verde
esperando pra florir.
quando penso
em ser feliz.
E agora há um jardim
no pensamento.
Voei
como uma folha
carregada sem destino.
Cai.
E agora há um campo verde
esperando pra florir.
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
Estou por um triz
de mim.
por um triz.
por
um
triz.
de mim.
por um triz.
por
um
triz.
O que quer de mim, ó vida?
Quando me encurrala no canto,
me puxa o tapete,
me desestabiliza.
Me faz entrar na sala de estar
da noite fria,
me interrompe no meio da fala
e me cala,
começando a dizer em língua estranha.
O que quer de mim, ó vida?
Se me tira pra dançar com
passos rápidos uma
música desconhecida.
Quando me encurrala no canto,
me puxa o tapete,
me desestabiliza.
Me faz entrar na sala de estar
da noite fria,
me interrompe no meio da fala
e me cala,
começando a dizer em língua estranha.
O que quer de mim, ó vida?
Se me tira pra dançar com
passos rápidos uma
música desconhecida.
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Quando me sinto assim
meio nada, meio tudo,
cheia de vento,
de assombro,
no fundo do fundo,
espero que seja a hora de
de novo recomeçar.
Quando me vejo assim
indo e voltando
girando e girando
sem canto
sem tampo
espero que seja a hora de
de novo me encantar.
Quando me espero
de novo e de novo
me desejando
sedenta de mim
exausta
espero que seja a hora de
de novo me sentir.
meio nada, meio tudo,
cheia de vento,
de assombro,
no fundo do fundo,
espero que seja a hora de
de novo recomeçar.
Quando me vejo assim
indo e voltando
girando e girando
sem canto
sem tampo
espero que seja a hora de
de novo me encantar.
Quando me espero
de novo e de novo
me desejando
sedenta de mim
exausta
espero que seja a hora de
de novo me sentir.
Se tudo desmorona aqui fora
dentro de mim leio poesia. E não só em palavras,
mas em sorrisos, em nasceres, em morreres,
em cantares...
Em chuva que refresca a tarde quente,
em pensamentos bons que me tiram do marasmo e
em lágrima que cai e me lava e me leva.
Se tudo desmorona aqui dentro
espero a poesia retornar,
e ela sempre o faz. Como um ciclo de
nascimentos e partidas,
perpetuando o movimento da vida
que de beleza em beleza se entrega
que de beleza em beleza se vai.
dentro de mim leio poesia. E não só em palavras,
mas em sorrisos, em nasceres, em morreres,
em cantares...
Em chuva que refresca a tarde quente,
em pensamentos bons que me tiram do marasmo e
em lágrima que cai e me lava e me leva.
Se tudo desmorona aqui dentro
espero a poesia retornar,
e ela sempre o faz. Como um ciclo de
nascimentos e partidas,
perpetuando o movimento da vida
que de beleza em beleza se entrega
que de beleza em beleza se vai.
sábado, 1 de fevereiro de 2014
e chego a conclusão:
estarei melhor se
nunca mais amar ninguém.
Dói menos.
ou nem dói nada.
Dói menos.
ou nem dói nada.
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