quinta-feira, 31 de maio de 2012

Nas coisas do coração,
estou me descobrindo bem pior do que
sempre me julguei na minha totalidade.
é a minha mais nebulosa faceta.
é onde sou mais instável,
é onde me perco de mim.

 nesse quesito sou a mais
imperfeita das mulheres.
esse é o caminho que mesmo estando em mim
é o meu mais desconhecido.
meu lugar menos brando e equilibrado,
é aí que chego até as lonjuras de mim.

é no meu peito que bate
que descubro minhas fraquezas, tristezas,
meus hiatos, meus vácuos.
Minhas doenças, meus embaraços,
meus laços. Tantos desencontros
e impaces.

Encontrei o meu mais insano inferno
dentro do mais doce céu.
É, nas coisas do coração,
estou me descobrindo bem pior do que
sempre me julguei na minha totalidade...






agora é só silêncio e mais nada.
não vejo outra alternativa.
agora é ir embora.
não tem outro caminho.

isto tudo precisa ter um propósito maior.
se eu não tirar algo daí estarei acabada.
nunca algo me feriu tanto,
nunca algo me mostrou tanto
a que ponto posso chegar.
e o quanto posso ser maluca, paranoica,
desequilibrada e idiota.
e ser assim me faz perder as pessoas que amo e
que me amam.
e estou me sentindo
tão mal por isso.
e o que dói muito é saber que você
realmente tentou,
quis a minha presença
e eu
joguei tudo fora.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Gosto de você

quando o céu está azul ou com nuvens
ou quando chove.
quando espero a dor passar vendo outros
sorrisos.
embora seja pouquíssimo provável
o nosso encontro
e bem certo que nos perdamos .
porque gosto do seu jeito
do seu peito
do seu rosto,
e da sensação de aconchego que
entra em mim  na sua presença.
sempre que te vejo
e quando só te imagino.
gosto tanto de você,
e sei que gosta também de mim.
mas, desejo impaciente que tudo passe
e não fique nada aqui dentro.
dor nenhuma. nada que me faça sofrer.
estou cansada disto tudo
de mim e de você,
do que eu mesma causei,
do que se transformou.
quero paz! chega de dor!



domingo, 27 de maio de 2012

às vezes me sinto tão sem rumo. Perdida no meu caminho.
Parece que tudo que eu faço para consertar as coisas, só as complicam ainda mais.
E fico querendo me desvencilhar desses pensamentos todos e não consigo.
E dias como hoje me trazem um aperto sufocante no peito e tenho vontade
de sumir mundo a fora, para longe de mim e das minhas dores.
Acho que essa é umas das piores dores que já senti.
É uma dor mal resolvida. Que provém do que acabou sem acabar.
Uma dor que parece se renovar. Dor seca, sem lágrimas. E quando estas vêm
é com uma dureza tamanha, um desespero, um fastio de alegria, um sentimento
de nada na alma... E me sinto imensamente infeliz e desamparada.
Quando isso vai acabar?

sábado, 26 de maio de 2012

então, hoje, o que mais desejaria fazer se fosse possível
era retornar àquela alegria.
não eu à minha,
mas à sua...
estar consciente de suas fraquezas é de certo  modo
uma catarse.
é algo como:
eu não poderia ter feito melhor
ou
eu não sei porque não fiz melhor.
ou ainda
quem sabe um dia a vida
me dê uma nova chance
e eu consiga fazer melhor.


espaço de um milésimos de segundos.
espaço de um sopro,
de um toque,
de um gesto,
de uma palavra.
espaço tão ínfímo
que nem é espaço.

domingo, 20 de maio de 2012

e o amor parece que acaba...

e se instala outra coisa em seu lugar.
e vão os dias sem muito rumo ou belas cores.
Há cores apenas pra recobrir. Não faz cintilar.
e sorrisos apenas pra alegrar, não faz vibrar.
e vida apenas para constar, não arrebata
é burocrático.
nada acontece ao meu coração a não ser essa sensação de que há coisas que nunca se vão.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

eu te olho e te amo.
eu te amo e sinto dor.
e dói insistentemente.
eu sei que é em vão sofrer.
porque há coisa que simplesmente
não é pra ser.

domingo, 13 de maio de 2012

eu não consigo deixar de amar você, e de repente vem aquela
vontade tão urgente de te ter.
e vem na minha cabeça pensamentos de carinho.
e eu fico esperando por você aqui dentro e fico te amando
tanto no meu silêncio.






quero escutar uma música suave
que seja como um afago
ao meu coração.
com letra perfeita,
e melodia original.
e um compasso que me acerte o passo,
que me tire do chão.

sábado, 12 de maio de 2012







não tenho mais nada a dizer.
e nem quero falar nada mais.
meu peito sangra,
meu coração dói e minha língua está seca.
é o suficiente.
não precisa de mais nenhuma letra.





quinta-feira, 10 de maio de 2012



quando vou deixar de pensar em você.
de te amar, tanto.
de te querer tanto.



 

segunda-feira, 7 de maio de 2012

quando tudo fica sem graça
o que fazer?
esperar?

Minha vida foi tomada por um nada.
meu nada é cheio de ausências.
repleto de pensar.
completo de falta.
cansaço imenso.

seis meses se passaram
e tudo dói como ontem
dores que se renovam
em lágrimas secas e
apertos mudos.

o meu grande desejo de hoje.
ir. somente.
não ficar....
ir. somente.
não ficar...




domingo, 6 de maio de 2012

socorro, eu não estou sentindo nada.
nem medo, nem calor, nem fogo,
n ão vai dar mais pra chorar
nem pra rir.


socorro, alguma alma, mesmo que penada,
me empreste suas penas.
já não sinto amor nem dor,
já não sinto nada.


socorro, alguém me dê um coração,
que esse já não bate nem apanha.
por favor, uma emoção pequena,
qualquer coisa que se sinta,
tem tantos sentimentos,
deve ter algum que sirva.


socorro, alguma rua que me dê sentido,
em qualquer cruzamento,
acostamento, encruzilhada,
socorro, eu já não sinto nada.


Alice Ruiz

sábado, 5 de maio de 2012



meu coração secou.
emoção sem cor.
 sem amor são.
só.
oco
 coração.


E o que é o amor verdadeiro?

Eu sempre ouvi e até já concordei com a citação: " não se ama o que não se conhece".  Porque eu só conhecia o conhecer  ordinário. aquele que é no dia-a-dia. Não imaginava que existisse outro tipo de conhecer, ou que existesse as entrelinhas do conhecimento de alguém, aquela que abre pra nós o extraordinário e acaba deixando um gosto de querer mais, de querer a pessoa toda, nos seus mais ordinários momentos.
Eu comecei a te amar deste jeito extraordinário. Te amei apaixonadamente lendo as suas entrelinhas. Amei com todo meu coração, o pouco de concreto que podia ter de você: seu caráter, sua força, sua clareza, sua beleza, seu sorriso, seu carinho, sua paixão, seu coração iluminado, sua voz, seu pensamento...
e por esse pouco, me abri a um amor tão sério e louco, improvável, indizível, um amor tão verdadeiro... que desejei tanto conhecer todo o resto que circundava a sua vida. mesmo sabendo das impossibilidades.
e sonhei em está ao seu lado pra sempre, te amando também no ordinário e te descobrindo ainda mais o extraordinário. Isso é amor de verdade, eu sei. Te amei de verdade, contra todo o improvável, te amei de verdade...
e vieram as dores da impossibilidade, os percalços da distância, a necessidade do toque, e os meus desequilíbrios patéticos, e vieram, e vieram...
e nos perdemos. eu te perdi. e tenho consciência que fui eu mesma que tornei o que era leve, feliz e gostoso, algo ruim, doloroso e complicado...  restando por isso a necessidade do esquecimento.  E esquecer a quem tanto se ama é uma dor tão doída, principalmente por ser minha culpa, é uma nódoa eterna na alma.
queria ter sabido fazer melhor do que fiz. ser menos passional, sentir menos a distância, sentir menos o afastamento. Queria ter sabido deixar você ir de forma natural e também ter naturalmente ido. Teriam ficado as nossas conversas, nosso carinho, nossa amizade. Mas, eu não soube e então fiz você sofrer um bocado e eu também sofri outro tanto assim. E só restou o afastamento para o nosso próprio bem. a frieza do silêncio, a proteção, e a busca pela borracha do tempo...
Um pedaço de mim se foi com você, um pedaço de você ficou aqui em mim.
Ainda penso muito em você. Na verdade não te esqueço jamais. E nunca deixarei de te amar. Quem sabe amarei outra pessoa ainda, e serei amada como fui amada por você, e ela me será preciosa como você me é, e eu terei por ela os mais nobres sentimentos, como os tenho por você. Mas, ainda assim, não deixarei de te amar jamais. Você fez meu coração ressuscitar ao amor e a vontade de viver. E isso é algo que eu jamais poderei esquecer. Perdoe-me por minhas loucuras, meus desequilíbrios, minhas infantilidades... perdoe-me. Preciso aprender tanto ainda, ser alguém melhor, com mais equilíbrio. Tudo que eu fiz, foi por não saber fazer. Tudo que eu disse, foi por não saber dizer. Tantas vezes faço o mal que não quero fazer. Especificamente eu queria me derramar toda amor, apenas amor, doçura, bondade, bem. E não, ser fonte de sofrimento e dor como fui. Perdoe-me.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

quero ter uma longa conversa com você.
e talvez melhorar um pouco tudo isso. desfazer essa fumaça.
estou buscando mais equilíbrio, já que não sou tão boa com as palavras.
espero o momento certo, ele chegará.
Mas, agora, eu preciso aprender a fazer silêncio. respeitar o seu momento.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

sem viagens em naves.
sem descobertas.
desinteressante.
sem idiomas.
sem sono.
sem planos.
simples.
oh, pouco!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

silêncio mordaz eloquente.
rasga a alma no  dente.
sangue transparente,
peito
é
pó.
nada pra dizer...
O que se tem a dizer
que já não tenha sido dito?
e o que se quer
além do indolor esquecimento?
imperfeições perfeitas
de caminhos cruzados.
um ponto que se encontra
e pronto.
e ponto!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Hoje eu me observei adulta.
 (uau, já era tempo!rsrs)

me observei assim ao ver Cacá sendo ela.
tão estabanadinha. tão menina em tudo.tão "não sei definir"
tão no alto dos seus dezoito...
Vi que eu já não era assim.
Estou me vendo amadurecer. E isso é tão bom.
Os meus erros não estão sendo em vão. Meus acertos também.
Minhas dores e lágrimas acrescentam um tanto de maturidade forçada e esperada,
meus acertos, uma rota, talvez.
É a natureza seguindo seu curso, mesmo no meu coração de sete,
que de alguma forma rejeita a adultice do ser e o peso que ela fatalmente pode trazer.
É a vida seguindo... e eu estou indo feliz.
mas, sem me "perder" por completo, haverá sempre um frescor.
pensando qão insípida pode ser a vida.
tudo tão igual, mas tão diferente...