sábado, 5 de maio de 2012

E o que é o amor verdadeiro?

Eu sempre ouvi e até já concordei com a citação: " não se ama o que não se conhece".  Porque eu só conhecia o conhecer  ordinário. aquele que é no dia-a-dia. Não imaginava que existisse outro tipo de conhecer, ou que existesse as entrelinhas do conhecimento de alguém, aquela que abre pra nós o extraordinário e acaba deixando um gosto de querer mais, de querer a pessoa toda, nos seus mais ordinários momentos.
Eu comecei a te amar deste jeito extraordinário. Te amei apaixonadamente lendo as suas entrelinhas. Amei com todo meu coração, o pouco de concreto que podia ter de você: seu caráter, sua força, sua clareza, sua beleza, seu sorriso, seu carinho, sua paixão, seu coração iluminado, sua voz, seu pensamento...
e por esse pouco, me abri a um amor tão sério e louco, improvável, indizível, um amor tão verdadeiro... que desejei tanto conhecer todo o resto que circundava a sua vida. mesmo sabendo das impossibilidades.
e sonhei em está ao seu lado pra sempre, te amando também no ordinário e te descobrindo ainda mais o extraordinário. Isso é amor de verdade, eu sei. Te amei de verdade, contra todo o improvável, te amei de verdade...
e vieram as dores da impossibilidade, os percalços da distância, a necessidade do toque, e os meus desequilíbrios patéticos, e vieram, e vieram...
e nos perdemos. eu te perdi. e tenho consciência que fui eu mesma que tornei o que era leve, feliz e gostoso, algo ruim, doloroso e complicado...  restando por isso a necessidade do esquecimento.  E esquecer a quem tanto se ama é uma dor tão doída, principalmente por ser minha culpa, é uma nódoa eterna na alma.
queria ter sabido fazer melhor do que fiz. ser menos passional, sentir menos a distância, sentir menos o afastamento. Queria ter sabido deixar você ir de forma natural e também ter naturalmente ido. Teriam ficado as nossas conversas, nosso carinho, nossa amizade. Mas, eu não soube e então fiz você sofrer um bocado e eu também sofri outro tanto assim. E só restou o afastamento para o nosso próprio bem. a frieza do silêncio, a proteção, e a busca pela borracha do tempo...
Um pedaço de mim se foi com você, um pedaço de você ficou aqui em mim.
Ainda penso muito em você. Na verdade não te esqueço jamais. E nunca deixarei de te amar. Quem sabe amarei outra pessoa ainda, e serei amada como fui amada por você, e ela me será preciosa como você me é, e eu terei por ela os mais nobres sentimentos, como os tenho por você. Mas, ainda assim, não deixarei de te amar jamais. Você fez meu coração ressuscitar ao amor e a vontade de viver. E isso é algo que eu jamais poderei esquecer. Perdoe-me por minhas loucuras, meus desequilíbrios, minhas infantilidades... perdoe-me. Preciso aprender tanto ainda, ser alguém melhor, com mais equilíbrio. Tudo que eu fiz, foi por não saber fazer. Tudo que eu disse, foi por não saber dizer. Tantas vezes faço o mal que não quero fazer. Especificamente eu queria me derramar toda amor, apenas amor, doçura, bondade, bem. E não, ser fonte de sofrimento e dor como fui. Perdoe-me.

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