Joga fora a chave
e aí você se encontra
na porta sem chave e a porta abre
como um anel
num dedo que você perdeu
e o dedo é seu.
Apanha esta senha
apanha e venha
pro reino difícil
da arte do orifício,
sem buraco de fechadura
com a cara dura tão mole
de tanto sorrir e ir.
Venha, não apanhe lenha
e deixe esta fogueira queimar,
atenha-se ao essencial: amar.
Aprenda a não ter chaves consigo
além do seu umbigo.
Maria Cristina Gama
Nenhum comentário:
Postar um comentário