quinta-feira, 12 de janeiro de 2012


Entre letras e fumaça
é que ela vem
Pela tela,
contraio as coxas,
estendo-me em água.
plantas de um lado,
livros de outro,
patas sobre meu peito
(dentro e fora dele).


Quisera eu ser língua,
não a que fala:
a que lambe.

De navalha é que sou feita
Corto palavras,
precisas,
necessárias sobre o fundo branco.
Brinco de sombras
com a luz que vem de mim

Assim –
ela faz meu corpo inteiro ser sol.


 Tatiana Fadel


Nenhum comentário:

Postar um comentário