quarta-feira, 12 de março de 2014

Gestar-se.
Tecer em si mesma um novo ser
que se forma muito além 
do corpo que pulsa
e de seus apelos.

Gerar-se
na própria carne,
em meio às dores.
Querer nascer de novo.
Querer ser.

Crescer enquanto a vida se faz,
fora e dentro.
Chorar as podas que cortam a carne,
o corpo, a vida, o sentimento.
Chorar as podas que revelam
outras flores.

Fazer-se infinitamente
em nascimentos, mortes
chegadas, risos,
partidas.

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