sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Sou caminhante

No caminho por onde passei encontrei quem me escutasse, encontrei quem me falasse. 
Quem me desse boas vindas com um sorriso e me acolhece com abraços
e quem mal me olhasse.
Encontrei restos de sonhos - abandonados à beira de desafios - e de minha parte também precisei deixar alguns. Não pelo desafio (gosto dele) ou pelo sonho em si, mas, por prioridade. O dinamismo da vida acaba mudando a posição das coisas: o que era, já não é, o que precisa é o que nem se pensava.
O meu caminhar foi feliz. Me trouxe de novo o amor (ah, o amor...) e com ele a alegria e a esperança do recomeçar. O meu caminhar foi  disciplinador, me ensinou que posso muito mais que só andar. Posso correr! acelerar o passo! sou mais resistente do que pensava ser, tenho fôlego, tenho fogo, tenho força, tenho fé! sou capaz de mais, de mais e mais. Sou capaz de ser!
No meu percurso também encontrei a dor, a decepção. E também fui dor e decepção. E a partir delas me transformei e fui agente transformador. Morri e renasci no meu caminhar. Mas jamais quis ser desamor. Nem quando doia, nem quando fiz dor. Estava sendo, me relacionando, vivendo. Sendo amor, ainda que imperfeito. Ainda que imperfeito, sendo amor.
Acho que mudei muito durante esses quilômetros do meu percurso. Mudei mais que em outras etapas. E isso é bom. As mudanças abrem outros horizontes e reensinam a caminhar, a tomar de novo as rédeas da vida, a traçar novas coordenadas, a  redescobrir e reinventar.
Isso é bom! não é fácil, mas é bom.
Sou caminhante, caminheira da vida. Não dá pra parar!
Ir em frente, sempre. Sem medo, sem desamor.
Ir em frente. Ir somente.

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